Minha vida em vinil

quinta-feira, dezembro 29, 2005

Club classics Vol. One - Soul II Soul - 26/01/91 - Cassete


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A melhor lembrança que tenho do Soul II Soul é do clipe de "Keep on movin´".
Uma negra fofinha, mas bonita, com um penteado para cima, cheia de badulaques afro-chique e uma voz sensual e suave que embalava um som propício para o amor.
Só fui descobrir essa última parte depois de velho, mas tomei a liberdade de acrescentar o fato às minhas memórias para deixar tudo mais interessante.

Do clipe, parti para o álbum (novamente um cassete comprado no Chile) e daí para um universo meio desconhecido para quem só ouvia rock e/ou música chilena.
Eu sempre dancei ao som de rock, por isso fiquei meio sem graça durante as tentativas de mexer o corpo ao som se soul, R&B ou qualquer outra música tipicamente negra.
Besteira da minha parte, claro! Afinal de contas, praticamente 100% das músicas feitas por negros são para dançar, transar ou ambos.
Antes tarde do que nunca, deixei de lado os preconceitos e deixei o povo do produtor Jazzie B me inspirar um pouco.
Valeu a pena, mesmo que a banda tivesse durado pouco.

domingo, dezembro 11, 2005

Red, hot and blue - Vários - 26/01/91 - Cassete


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Acho que o projeto Red & Hot foi uma das primeiras iniciativas (bem) organizadas que visavam divulgar informações sobre a prevenção da AIDS e sobre as formas de combater a doença já instalada.
A idéia acabou gerando uma série de álbuns que tinham um tema central e juntavam um monte de artistas mais ou menos desconhecidos do grande público.
O mote deste primeiro trabalho era a obra do compositor americano Cole Porter, um cara que fez muito sucesso na primeira metade do século 20 e que tinha como principal característica a inimitável aura de sofisticação pessoal e musical.
Não sei se ele era gay, mas isso não importa muito. O legal é que a intenção foi atingida e o disco vendeu razoavelmente bem.

Minha preferida é a versão que a Neneh Cherry fez para "I´ve got you under my skin".
No clipe, apesar do clima sensual e lascivo, apareciam mensagens ligadas à prevenção como "compatilhe seu amor, não compartilhe a agulha" e por aí vai.
Na época, eu ainda nem sabia o que era sexo direito, mas já tinha na cabeça que a tal "grande doença de nome pequeno" não era de brincadeira. Era preciso muito cuidado na hora de "compartilhar o amor".
Felizmente o ambiente religioso repressivo do Chile me tinha só durante as férias e que consegui aprender algumas coisas importantes nas minhas aventuras amorosas aqui no Patropi.
Aprendi bem e pratiquei as lições em um bom número de vezes. Em quase todas elas, o sexo seguro era a lei e nas demais, a monogamia mandava.
E assim a gente segue convivendo e prevenindo essa bendita doença que acabou com a festa do povo dos anos 70.


 
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