Minha vida em vinil

terça-feira, maio 25, 2004

Closer - Joy Division - 20/07/87 - Vinil


Este fez parte da primeira leva de lançamentos da gravadora Stilleto (depois Eldorado). Acho que eles lançaram também alguma coisa do Felt e do Nick Cave, mas não me lembro direito. Faz muito tempo e nenhuma das outras bandas me chamava a atenção. Só a turma do Ian Curtis era importante naquela época. Por mais depressiva e negativa que pudesse parecer a influência de um cara que se enforcou depois de ver um filme polonês, as lamentações do disco eram duca.
Hoje não sei se o problema é dos filmes poloneses ou da cabeça do inglês médio, mas isso não me importa muito.

"Love will tear us apart" era a grande música do disco. Era, não. Ainda é. Mesmo para aqueles que só nasceram depois que o Curtis foi pra outras bandas, curtem muito a bateria crescente, o baixo melódico do Peter Hook e o vocal "pra dentro", típico do Joy Division.
Acho que "Isolation" e "Heart and soul" também estavam nesta seleção.

Apesar de não ser o primeiro nem o último, "Closer" foi o grande álbum desses caras de Manchester. Depois dele ficou mais fácil ter motivos para se matar: era só se espelhar no ídolo e "bang".

Não me lembro bem onde comprei este. Faz muito tempo e a maioria das lojas que eu frequentava já foram para o vinagre.
Fica a lembrança da chegada da Stilleto e das deprês geniais do Joy Division, que tempos depois ficaria bem mais eletrônico nem tão mais alegre no New Order. Posted by Hello

sexta-feira, maio 21, 2004

Violeta de Outono - Violeta de Outono - 15/07/87 - Vinil


Psicodelismo à brasileira.
Um som completamente viajante, cheio de efeitos e aparentado com as maluquices inglesas dos anos 70.
Se eu fosse menos loser teria tomado meia dúzia de ácidos e teria dançado com os elefantes cor de rosa que saíam do vinil.

Conheci a banda no mesmo show na Praça do Relógio onde fui sozinho ver o Ira!.
Pra mim eles eram tão conhecidos quanto o Vultos, ou seja, fui apresentado naquela tarde morna de sábado.
Achei meio esquisito e demorei para entender o que aquele cara fazia com um arco de violino na guitarra. O som era meio estridente mas acabou me agradando. Bem depois do fim do show, é verdade, mas agradou.

Comprei este disco na loja mais emblemática da minha adolescência, a Baratos Afins.
Naquela época o Luiz Calanca tinha um pouco menos de cabelos brancos mas já falava mal do CD e apadrinhava uma série de bandas.
Me lembro que o Fellini e o De Falla eram algumas das que eu gostava mas acho que o Smack e as Mercenárias também estavam sob a asa dele.

Cheguei meio com medo de ser atacado mas o povo da loja foi bem gentil e respeitou aquele nerd que gostava de Violeta.
Peguei o disco e levei para casa cheio de vontade de escutar novamente "Tomorrow never knows", por mais que eu não fizesse a mínima idéia do tema da música e de quem a havia gravado antes.
Era legal ouvir aquelas distorções tão estranhas a um ouvido acostumado a RPM e Rádio Manchete.

Uma última lembrança desse disco é que depois de comprá-lo só consegui achar mais uma pessoa que conhecia e gostava da banda.
Era um alemão doido que tinha o mesmo problema de se achar excluído por gostar da guitarra do Fábio Golfetti. Posted by Hello


 
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