Minha vida em vinil

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Boomania - Betty Boo - 16/05/91 - Vinil



Um perfeito exemplo de propaganda bem feita.
Eu vi os vídeos, gostei da música, achei a cantora engraçadinha e acabei comprando o álbum.
Obviamente não é nenhum tratado sobre música eletrônica, mas me lembro de muitos bailes da época que eram animados por "Where are you baby?" e "Doin´ the do".
O povo do Mack não gostava, mas eles também riam do Deee-Lite, o que garante que o problema deles não era de gosto musical mas sim de mau humor.

A cantora não era nem bonita e não tinha cintura, o que eliminava a possibilidade de eu gostar da música por causa do visual.
Até hoje não encontro outra razão além da sensação de liberdade e de diversão descompromissada que vinha dos sonzinhos eletrônicos da Betty.

Acho que esta foi a minha primeira incursão àquela que seria uma das principais fontes da minha coleção.
A Derby ficava em algum lugar da ZL, provavelmente perto do Belém e eu só conseguia chegar lá devido à gentileza do Zé e do seu povo. A gente chamava carinhosamente o lugar de "loja dos baianos" devid à notória origem nordestina do povo que trabalhava lá.
Os preços eram atraentes e eles conseguiam atender à minha demanda, o que me desobrigava às não tão agradáveis idas até as galerias do Centro.
Apesar de eu achar que os balconistas nunca haviam ouvido falar de algumas bandas que eu procurava, quase sempre eu saía satisfeito e com mais um item riscado na minha lista de compras.
Bons tempos aqueles.

domingo, janeiro 22, 2006

The real thing - Faith no more - 30/03/91 - Vinil



Mas que coisa interessante era o início dos anos 90!
Lá fora o Nirvana estava prestes a desconstruir tudo o que se conhecia em termos de padrões e tendências. O grunge estava dando seus primeiros sinais de vida e logo depois, como de praxe, as coisas aconteceriam por aqui.

Já no Brasil, o que pegava (ou já tinha pego) era a banda do Mike Patton.
Me lembro que as revistas faziam questão de dizer que o Faith no more era praticamente desconhecido nos States, mas era uma verdadeira febre por aqui.
Isso era tão verdadeiro, que as domingueiras da Apple da Vila Maria iam à loucura quando começava a tocar "Epic".
A MTV havia nascido há pouco e o clipe não parava de tocar. Todo mundo pulava como doidos e eu ia no embalo. Algumas pessoas não entendiam aquela mistura de rap e heavy metal, mas eu adorava.
Só não chegava ao ponto de ser tão escroto quanto o Patton, mas eu me esforçava.

Comprei este disco na Wop Bop e enlouqueci a minha mãe a cada vez que o colocava. Nunca fui de explodir as caixas com o volume do som, mas com este disco eu ficava particularmente empolgado e a velha reclamava.

Uma última coisa interessante: escutar "Surprise you´re dead" e seu matador (ao menos para mim) riff thrash metal causava ainda mais estranheza nos manos da ZN e ainda mais prazer em mim durante a sessão de pulos na domingueira.
Ela a minha forma de afrontar o establishment.
Como é linda e ingênua a adolescência de uma pessoa, não é?

sexta-feira, janeiro 20, 2006

Raw like sushi - Neneh Cherry - 26/01/91 - Cassete


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Mais uma fitinha que comprei no Chile na esteira do primeiro especial Red, Hot + Blue. Eu queria escutar mais coisas da Neneh Cherry e este álbum me pareceu uma mão na roda.
O clipe de "Mankind" era legal e ela era cool. Não que eu soubesse muito o que significava essa palavra, mas valia a pena tentar ser chique.

Olhando para trás, acho a Neneh mais legal e menos "moda" do que o irmão dela, o tal de Eagle-Eye. Aliás, com um nome desses, ele tinha mais é que ser ator e ter o sobrenome Phoenix (o mesmo do River, da Rain e do Joachim). Coisa de hippie.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Vol. II - A new decade - Soul II Soul - 26/01/91 - Cassete


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Se eu fosse o cara sincero que alguns amigos acham que eu sou, diria que a única lembrança que tenho deste álbum é do vídeo de "A dream´s a dream" onde uma mulata magra e loura canta em cima de um palquinho e capricha nas formas arredondadas dos lábios cantantes.
Indo um pouco além, eu diria que nem tenho tanta certeza se essa música é mesmo desse álbum, mas como estou com preguiça de ir até a gaveta pesquisar, fica registrado assim mesmo.

Comprei este segundo trabalho do Soul II Soul juntamente com o anterior. Lá no Chile eles eram um pouco mais desconhecidos do que no Patropi, mas o preço valia a pena e a vontade de ter as músicas também.
Obviamente teria sido mais legal ter vivido na época dos "Pods" e ter baixado apenas as coisas mais legais da banda, mas como nem tudo é como a gente quer, comprei a "discografia completa" da banda do Jazzie B e fui para casa feliz.


 
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