Minha vida em vinil

terça-feira, agosto 14, 2012

Rei -Vários - 14/01/95 - CD



Comprei este na Baratos Afins e acho que a culpada foi a versão do Skank para "É probido fumar".
Como deve parecer óbvio, se trata de um disco com covers de músicas do Roberto Carlos feitas por artistas contemporâneos (para a época).
Nem é preciso dizer que como em todo disco do gênero, tem coisas que se salvam e coisas que não, mas no geral a coisa fica divertida.

Não me lembro de nada especial sobre o que rolava na minha vida quando o comprei.

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sábado, outubro 18, 2008

The best of - Sade - 04/01/95 - CD



A melhor lembrança que tenho deste álbum que comprei nas famigeradas prateleiras do Mappin foi a vez em que beijei repetida e clandestinamente uma colega de trabalho na casa de um amigo onde estávamos fazendo um churrasco.

A gente estava deitado no sofá da sala, eu em um e ela no outro, ouvindo o CD e rindo meio à toa. Poderíamos estar vendo o DVD também, mas isso não muda muito a história.
Como os outros estavam ocupados conversando e comendo, vira e mexe a gente escapava para a cozinha e se pegava encostado na mesa de jantar. Nada de sexo, só beijos e pressões de um corpo contra o outro.

Nos escondíamos por que não queríamos atrair comentários na equipe, mas tenho certeza que mais de uma vez fomos vistos. Eles foram bastante discretos, mas eu não me importei muito com isso. Os beijos eram bons demais e música da Sade ajudava muito a acender e manter o tesão.

Minhas favoritas sempre foram "Your love is king" e "Nothing can come between us".
Infelizmente nunca conseguimos transar ao som de Sade, mas não me arrependo disso.
A música e os beijos escondidos e nervosos ficaram para sempre.

Tesão igual a esse, só com Soul II Soul, mas essa é uma história que já foi contada.



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From the cradle - Eric Clapton - 04/01/95 - CD



Clapton já não era o mesmo quando encontrei este álbum meio jogado lá no Mappin.
A fase "Tears in heaven" já havia passado e a dor da perda do filho provavelmente já havia sido arquivada. Esquecida nunca, mas provavelmente controlada.

Este álbum me parece uma homenagem a blues clássicos e uma revisitação de alguns deles. Como essa não é a minha especialidade e não me recordo de muitas passagens interessantes da minha vida ligadas ao álbum, prefiro ficar só com a música e esquecer do resto, tal qual ele deve ter feito depois da dor.

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quarta-feira, junho 18, 2008

Reality Bites - Trilha sonora - 04/01/95 - CD



Eu vi esse filme só por causa da Winona Ryder.
Não tinha a menor idéia do que se tratava a história, mas quando vi o cartaz em algum cinema próximo de Piccadilly Circus, entrei sem pensar duas vezes.

O que eu queria era ver "de perto" aquela franja caída no rosto, aquele jeito meio desengoçado de se mover, aquela voz suave e aquele cabelo curto que me deixava louco. Isso era tudo o que eu queria.
Acabei encontrando um filme razoável e uma trilha bem interessante, que não se estraga nem com a intervenção do Ethan Hawke cantando "I´m nuthin".

Isso era em algum momento de 94, não me lembro exatamente quando.
Eu ainda estava em Londres e não tinha a menor idéia do que fazer com a minha vida.
Tinha deixado uma namorada (a primeira), um emprego, uma família e uma vida suburbana para aprender a sonhar enquanto gastava o dinheiro economizado para comprar um carro.
Me arrependi de pouca coisa dessa viagem, mas fazê-la certamente não foi uma dessas coisas.

Acabei comprando o CD com a trilha alguns meses depois de voltar para o Brasil.
Foi durante uma das tradicionais andanças de sábado de manhã pelas prateleiras do Mappin.
Comprei um CD cuja caixinha já tinha alguns arranhões (como era tradição na antiga loja dos Mansur), mas ou menos como a minha vida naquela época.
Logo depois, as coisas começaram a mudar e "All I want is you" começou a fazer efeito.



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domingo, janeiro 06, 2008

Opera Choruses - Vários - 25/12/94 - CD



Um item que não tem muito a ver com meus gostos e com a minha vida.
Normal quando se trata de um presente de Natal da mãe.
Apesar de não curtir muito a música, guardo o item com o mesmo carinho com que me foi presenteado.
Outra coisa bastante natural.

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quarta-feira, novembro 28, 2007

Live at the BBC - The Beatles - 25/12/94 - CD



Ganhei este no Natal de 94, mesmo sem ser um super-apreciador dos Fab Four.
Naquela época eu adorava ser do contra e costumava dizer que gostava mais dos Stones.
Talvez a Clarah Averbuck apoiasse a minha idéia, mas não era bem verdade.
Eu não gostava de nenhuma das duas.

Foi só muitos anos depois, quando muitas outras bandas haviam virado história é que eu aceitei as músicas do Beatles. Até então era "Twist and shout" nos casamentos e formaturas e só.

Ainda não chego perto do conhecimento e admiração que alguns amigos meus têm pelos rapazes, mas este disco ajudou a mudar um pouco as coisas.
Mudar devagarinho, mas mudar.

Sobre o disco: uma série de takes e conversas dos Beatles com o povo da BBC. É preciso um pouco de saco para ouvir as 34 faixas de cada CD, mas tem muita coisa boa. Coisas de várias fases e em diversos graus de qualidade.
Uma pérola para fãs.

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sexta-feira, outubro 05, 2007

Monster - R.E.M. - 10/12/94 - CD



A melhor lembrança que acompanha este álbum vem lá dos confins de Agosto de 1994.
Estávamos em meio a um ameno outuno europeu e tudo era novidade. Até shopping centers atraíam a nossa atenção, principalmente aquelas enormes lojas de discos.
Não passava uma sem que eu dominasse uma daquelas colunas com fones de ouvido para apreciar os últimos lançamentos. Eu nem percebia se havia mais gente querendo ouvir CDs. Só tinha ouvidos para “What´s the frequency, Kenneth?”.

Foi preciso voltar da viagem com a música ainda na cabeça para tomar vergonha na cara e deixar as lojas em paz. Comprei o álbum no Mappin e ganhei de presente uma caixinha semi-destruída e um discaço que ouvi quase até furar.

Ainda hoje me lembro da gente na Harrod´s, mal vestidos mas estilosos, olhando vitrines e cantarolando junto com o Michael Stipe.
Como a vida era boa naquela época.


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terça-feira, setembro 04, 2007

Unplugged in New York - Nirvana - 10/12/94 - CD



Um grande amigo que mora em Curitiba quase furou este álbum de tanto ouvi-lo quando passamos alguns feriados lá em Blumenau, terra dele e da famiglia.
O cara simplesmente amava todas as músicas que o Nirvana registrou depois de desligar os amplificadores. O curioso é que ele não curtia a banda, apenas este álbum.

Concordo com ele em parte, já que gosto muito da banda e acho "Nevermind" imbatível, mas ele tem razão de gostar tanto deste trabalho.
O povo do Cobain não demonstrou se importar muito para o potencial de vendas do acústico. A coisa toda tinha mais ar de presente para fãs, e não só para fãs da banda. A festa era para todo e qualquer apreciador de música.

O CD player do velho Uno Mille verde repetiu "All apologies" uma centena de vezes enquanto seguíamos rumo ao Sul. Todos cantavam a letra, mesmo sem muita precisão no inglês. Na verdade, não havia nenhuma preocupação estética ou artística na nossa curtição. Era tudo felicidade e liberdade. Éramos quase hippies, só que sem a erva, os cabelos compridos e a falta de banho.

O álbum era tão bom para o nosso momento que nem parecia que havia saído das prateleiras mal cuidadas do Mappin.
Nem isso nos importava.





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quarta-feira, julho 04, 2007

Backbeat - Backbeat Band - 10/12/94 - CD



Uma super-banda para o delírio de "qualquer" indie: Greg Dulli do Afghan Wigs, Dave Grohl do Nirvana e Foo Fighters, Mike Mills do REM, Dave Pirner do Soul Asylum e o deus-mor Thurston Moore do Sonic Youth.
É monstro para ninguém botar defeito!
Ninguém a não ser um não-indie do Brasil, que curte as partes separadas, mas acha meio requentado o todo.

Por mais que a proposta não fosse um álbum de inéditas, achei meio chato e sem novidade o fato deles terem regravado as músicas que o Beatles tocavam no início da carreira. "Long tall Sally", "Mr. Postman" e a minha favorita, "Money" até que são legaizinhas, mas não o suficiente para aumentar meu interesse por esta trilha sonora.

Mesmo assim eu a comprei na Baratos Afins e levei para casa.
Não me matei de arrependimento, mas não dei pulos de alegria.
Ouvi todas as músicas. E só.

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sexta-feira, junho 22, 2007

Marvin the album - Frente! - 19/11/94 - CD



Nova expedição nas prateleiras desleixadas do Mappin. Nova compra de um disquinho pouco popular entre meus amigos.
A escolha da vez era uma banda australiana média, mas com dois maravilhosos trunfos: a vocalista Angie Hart e uma versão "voz e violão" do clássico do New Order, "Bizarre Love Triangle".
Uma maravilha para quem vivia uma época de fé cega em romances e felicidade eterna,
Depois acabei entendendo que não era bem assim que as coisas funcionavam, mas a ilusão era ótima para a época.

O disco tem também "Accidently Kelly Street" e outras músicas não mais do que bonitinhas. Todas com a voz fina da Angie e o trabalho normal da banda.
Nada de inovador, mas o suficiente para me deixar feliz e manter a esperança de que o namoro com a futura advogada seria o único da minha vida.
Era preciso reavivar a chama depois da tour européia, mas eu estava cheio de certezas.

Ainda bem que nem tudo mudou.

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sexta-feira, junho 08, 2007

Hungry for stink - L7 - 19/11/94 - CD



Este foi meio temporão.
Os tempos bons do grunge estavam acabando e o L7 estava ficando meio distante da balada de outrora. Na verdade, os bons tempos de tudo já haviam passado, mas tudo bem.
Ainda assim fui até a Baratos Afins e trouxe o disquinho para casa.
Novamente foi mais para completar a coleção do que por vontade extrema de escutar alguma música ou descobrir a última invenção da banda.
A essa altura da minha vida eu já não acreditava muito mais na perfeição e estava prestes a mudar de vez um certo rumo que eu havia tomado alguns anos antes.
A ruptura não se deveu exatamente a este disco, mas de certo modo ele foi uma testemunha disso.

Sobre a parte musical: gosto de "Andres" e de "Shirley", que fala sobre uma corredora de carros nos Estados Unidos. Com a forma como esses gringos goiabas dirigem nessas provas, não me surpreenderia se ela já tivesse partido para outros circuitos de existência.

Acho que estou meio deprê hoje, e falar do L7 não ajuda.

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sexta-feira, maio 25, 2007

If I were a Carpenter - Vários - 19/11/94 - CD



Não me lembro como fui parar na Baratos Afins atrás deste disco.
Me lembro vagamente de gostar da música que o Redd Kross havia gravado para o projeto, mas não tenho mais lembranças.
Me conhecendo bem, deve ter tido algo a ver com mulheres e paixões, ou seja, tudo a ver com os Carperters, se bem que os meus objetos de desejo nunca tiveram problemas de peso como os da Karen.

Mesmo sem me lembrar a razão, hoje eu agradeço muito o fato de ter comprado esta homenagem de um monte de artistas a essa dupla de irmãos que desfilou um monte de sucessos até a morte de Karen, provavelmente de complicações provenientes da bulimia (ou seria anorexia?).
Apesar do disco ter uma divertida versão do Shonen Knife, minhas preferidas são a do Grant Lee Buffalo (We´ve only just begun) e a do 4 Non Blondes (Bless the beast and childre).
Aliás, por falar nessa sumida banda, acho que sou o único que gosta da voz da esquisitona Linda Perry. Tanto melhor.

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quarta-feira, maio 16, 2007

Every breath you take: the singles - The Police - 01/11/94 - CD



A melhor lembrança ligada a esta coletânea da banda do Sting é a de um antigo colega de trabalho cantando "So lonely". Ele adorava a música e o fato de ter uma voz ainda mais aguda do que a do cantor do Police, deixava a coisa ainda mais engraçada.
Ele cantava, se divertia e a gente ria como criança.

Também acho que essa é uma das melhores músicas da banda, ao lado de "Roxanne", "Every breath you take" e "Wrapped around your finger".
Aliás, a banda em si é muito legal. Ou era. Ou voltou a ser, sei lá.
O fato é que deu saudade quando o Sting começou a cantar ao lado do Raoni, o seu CD-player vivo.

Quando comprei este álbum nas Americanas, eu já havia voltado a trabalhar depois da temporada na Europa. Também havia voltado a namorar e, para ser bem sincero, não estava feliz em nenhuma das situações.
Dava a impressão que eu havia ido muito longe e, de repente, havia voltado ao ponto de partida. Aquilo tudo soava a involução e algo precisava ser feito.
E algo foi feito!



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quarta-feira, maio 09, 2007

Introduce yourself - Faith no more - 18/10/94 - CD



É engraçado como o sucesso de algumas bandas em um determinado disco atrai o interesse do público para trabalhos anteriores, algumas vezes tão inspirados quanto o do momento do "estouro", mas normalmente bem distantes do vólatil conceito de "bom".
Me parece que esse é exatamente o caso deste disco daquela que foi uma das bandas mais populares do país, mas que de uma hora para outra parece ter desistido do jogo e implodido.

O vocalista era outro (Chuck Mosely, um doidão ainda mais arruaceiro do que o Mike Patton) e o apelo bem diferente.
Eles precisaram mudar muito para agradar, mais ou menos como o PT, com graus de aceitação bem diferentes.

Na minha opinião, esta compra na Virgin de Londres, foi mais para completar coleção do que por gosto pelas músicas.
É certo que "Introduce yourself" é legal e "We care a lot" tem aquela linha de baixo característica da banda, mas não me parece suficiente para despertar paixões ou mesmo interesses.
Uma banda como qualquer outra, até que ele mandaram o vocalista embora e o trocaram por outro destinado ao estrelato.

Mas, parafraseando uma importante revista de música, a história do homem que não quis ser Rei fica para outra oportunidade.

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segunda-feira, fevereiro 26, 2007

License to ill - Beastie boys - 18/10/94 - CD



Eu já não conseguia mais ver o clipe de "Fight for your right" na MTV quando comprei este álbum em uma das lojas Virgin de Londres.
Era um desejo antigo e precisei estar lá para conseguir.
Acho que era um álbum meio complicado de conseguir por aqui naquele tempo ou sei lá. O importante é que eu tinha o CD nas minhas mãos e poderia colocar "Girls" e "No sleep till Brooklin" quando eu sentisse vontade e (mais ou menos) no volume que eu desejasse.
Eu tinha o poder!

Pelo que me consta, este foi o grande marco na ainda iniciante carreira do bando de moleques americanos que ousou cantar algo parecido com o rap mesmo sendo brancos e judeus.
Eu não entendia nada de rap quando eles surgiram, mas talvez tenha sido exatamente por isso que eu tenha gostado deles: as guitarras eram altas, a zoeira corria solta nos clipes e nenhum dos meus amigos curtia a banda.
Ou seja: tudo a favor para eu virar fã.

Depois desse vieram outros trabalhos ainda mais elogiados e importantes, mas nada parecido com a diversão deste.
É como naquelas repúblicas universitárias que nunca tive a sorte de frequentar: a festa dura até que a última cerveja ou o último bêbado. O que vier antes!

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sexta-feira, fevereiro 09, 2007

Warehouse: Songs and Stories - Hüsker Dü - 18/10/94 - CD



Este é um pré-pré-pré-tudo que eu aprendi a ouvir e gostar entre 89 e 99.
Uma banda que durou pouco, ou melhor, que eu não consegui acompanhar muito por que acabou pouco depois que a conheci.
Um trio do caralho, para não usar meios termos.
Um monte de músicas rápidas (como os Ramones), altas (como os Pistols) e com mensagens diretas (como um monte de outras que vieram depois).

Conheço poucas pessoas que algum dia já ouviram a banda, mas tenho certeza de que todas as que tiveram o privilégio, curtem a música até hoje.

Meu primeiro contato com eles foi através dos clipes de "Don´t wanna know if you are lonely" e "Could you be the one". Ambas tinham muitas semelhanças, principalmente na energia e nas cusparadas que o baterista dava quando se aproximava do microfone.

Nem preciso dizer que fiquei muito feliz quando entrei na Virgin de Londres, encontrei este CD e o levei para casa.
Foi meio que a realização de um objetivo de vida.
Algo bem básico e trivial, é verdade, mas ainda assim foi significativo.



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