Minha vida em vinil

quinta-feira, abril 27, 2006

Nevermind - Nirvana - 31/10/92 - Vinil



Dizem que este disco mudou a cara da música nos anos 90, que ele foi mais importante do que o "Never mind the bollocks" e que colocou o punk de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído.
Não sei se o povo do Cobain teve todo esse poder, mas posso garantir que todo mundo que eu conhecia naquele tempo ouvia e gostava de "Smells like teen spirit".
É certo que a MTV ajudou muito a tornar popular a música e o jeito de se vestir daqueles moleques de Seattle, mas estou certo de que se a coisa não fosse legal, o efeito não teria sido tão grande.

Ao menos por aqui, depois vieram o Pearl Jam, o Soundgarden e o Alice in Chains, todos mais ou menos com a mesma estética e a mesma idéia de som pesado e lento.
Talvez só a turma do Eddie Vedder tenha fugido um pouco do padrão barulhento, mas isso é assunto para outro post.

Ganhei este álbum como presente de aniversário um ano depois do estouro da banda nos States. Eles já estavam às turras com a imprensa e o Cobain já começava a demonstrar que não seguraria o tranco, mas ninguém imaginava o que poderia acontecer.
Provavelmente, os Foo Fighters ainda não eram nem espermatozóides na cabeça do Dave Grohl.

Um último fato engraçado sobre o álbum e a banda era a idolatria sentida pelo irmão da minha namorada da época. Ele tinha 10 anos de idade e já dizia que o Cobain era seu ídolo, mesmo sem saber nada sobre a vida esquisita que o doidão levava.
Só deixo de achá-lo um panaca por que sei que eu também fui assim um dia e certamente o objeto da minha admiração não era tão legal quanto o Nirvana.
Graças a Deus o tempo passa.

domingo, abril 23, 2006

Cero a Cero - Mis primeros éxitos - Tito Fernandez - 28/10/92 - Cassete


Posted by Picasa

Mais uma fitinha do Tito.
Mais uma reunião de canções significativas para chilenos de todas as idades, mas que causam estranheza para gente de outra nacionalidade.

Esta aqui traz uma série de músicas que fizeram sucesso no comecinho da carreira dele, lá pelos idos de 70 e alguma coisa. Deve ter sido mais ou menos na época do golpe, o que explica bem a energia com que ele sempre cantou, mesmo que fossem músicas mais poéticas do que políticas.
Aliás, isso é uma coisa interessante: ao contrário do que fez o Angel Parra, o Tito protestava através da energia e da autenticidade, não usando as letras e as melodias.
Não que o clã dos Parra estivesse errado nas suas manifestações, mas acho que o Tito era mais palatável para pessoas que, assim como eu, não tinham saco para a ladainha socialista-romântica.

quinta-feira, abril 13, 2006

Angel dust - Faith no more - 28/10/92 - Vinil



Uma vez eu pensei que ao invés de ter uma garça, a capa deste álbum do Faith deveria ter um cisne e que ele deveria aparecer como uma caricatura, cantando.
Era exatamente essa a imagem da banda nessa época e este foi um dos últimos suspiros de criatividade que eles tiveram.
Depois veio um par de álbuns frouxos e um show fraquíssimo no Monsters of Rock do Pacaembu, onde eles tocaram antes do Ozzy.

O Mike Patton ainda estava lá com aquela voz esquisita e aquele jeitão de psicopata, mas os cabelos já não eram longos e coloridos, o Big Jim Martin já não era o guitarrista e as velocidades eram sensivelmente menores.
Mal comparando, eles estavam mais para Eric Clapton do que para Slayer.
A banda estava começando a acabar e talvez eles soubessem disso.

Acho que conservei o disco só por que foi um presente de aniversário, mas acabei pensando em doá-lo por mais de uma vez.
Talvez tenha sido melhor assim e eu acabe descobrindo que gosto do álbum, mas acho isso muito improvável.

quarta-feira, abril 05, 2006

...e o circo pega fogo - Fábrica Fagus - 03/10/92 - Vinil



Nada como ser amigo do artista.
Isso não era exatamente verdade no caso do Fábrica Fagus. O Márcio Werneck não era meu amigo, mas estudava em uma série acima da minha e jogava no time Juvenil A no campeonato regional de vôlei.
Eu era do Juvenil B e não perdia nenhum show organizado no teatro da escola.
O velho e bom Albino Cesar já tinha trazido o De Falla, o Skowa e a Máfia e mais um monte de apresentações de teatro e dança, algumas delas estreladas pelos próprios alunos. Mas era unânime que nenhuma das atrações era tão querida quanto o Fábrica Fagus.
Era muito bom conhecer os caras da banda e cantar junto com eles algumas músicas que só os iniciados conheciam.

Melhor ainda foi vê-los lançar um disco e começar a disseminar um pouco a mistureba sonora que eles faziam.
Mas o ápice de todo o processo foi ir buscar o álbum na sede da Mameluco Records, a gravadora dos caras. Ela ficava na casa do próprio Márcio e eu acabei conhecendo os pais dele e do Theo. Conversei um pouco com eles, paguei e levei o disco para casa.

De lá para cá, vi mais o Márcio nos comerciais de TV do que na música, mas pode ser que eu não esteja consultando os meios mais adequados.
É bem provável que ele esteja em algum projeto meio alternativo como a Caboclada ou coisa parecida.
Fica a lembrança da banda, do teatro do Albino e da conversa com os pais dele.
Vida boa de ser vivida.


 
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