Minha vida em vinil

sábado, fevereiro 18, 2006

Use your illusion I - Guns´n´Roses - 28/10/91 - Vinil



A megalomania em seu estado bruto!
O Guns devia ser a banda número 1 nos States e isso significava muito, principalmente para o perturbado do Axl.
Devia ser a época da visita deles ao Brasil para o Hoolywood Rock. Se não era, a coisa não fica muito diferente. Continuamos com a fato da big thing lançar dois álbuns duplos para consolidar o sucesso que o "Appetite for destruction" havia conseguido.

Para mim, foi um grande desperdício já que o número de músicas legais não daria para encher dois lados de vinil.
Muita coisa chata estava naquele álbum, muita coisa que nem os fãs deviam ouvir, mas como gosto se lamenta, restava aceitar de bom grado o presente de aniversário, agradecer e pular algumas faixas.
Se fosse em CD seria muito mais fácil, mas não é reclamar.
Minha velha mãe se esforçou para me agradar e isso é o que importa.

Pensando bem, até que o povo do Axl não fez tão feio neste álbum.
Só não precisava soltar quatro vinis de uma vez, né?

domingo, fevereiro 12, 2006

Live at the Brixton Academy - Faith no more - 07/08/91 - Vinil



A onda do Faith no More ainda estava forte no Brasil e aproveitei uma das vezes que ia almoçar no Makro da Marginal Tietê, durante as tardes de estudo na casa do Zé, para dar um pulo na lojinha de discos e ver o tipo de surpresa que poderia encontrar.
Por sorte, achei este disco ao vivo do Faith no More, gravado em Londres algum tempo antes, mas perfeito para ilustrar ainda mais a mania pela banda do Mike Patton.

Na verdade a banda não era dele. Para falar bem a verdade, ele nem era membro fundador, mas isso interessava bem pouco para quem gostava da música e comprava os discos.
Para eles, quer dizer, para nós, o importante é que era o Patton que aparecia e era no vocal e nas palhaçadas dele que a gente se ligava.

Para mim, a grande atração deste álbum é a versão matadora de "War pigs" do Black Sabbath. Àquela altura eu nunca havia escutado a versão original, mas sabia muito bem quem era o Ozzy e o tipo de barulho que os amigos dele fizeram e inventaram nos anos 70.
Eu ainda não sabia das toneladas de pó que eles haviam cheirado e das milhares de groupies que haviam passado pela revista da banda, mas como isso não tem muito a ver com o meu mundo, acho que não me fez falta.

Mas voltando ao disco, eu gostava também de "Edge of the world", que por sinal era uma das duas músicas inéditas do show. A outra era a já citada "War pigs".
Valeu a pena como testemunho do show dos caras em plena forma.
Mal sabia eu como isso seria profético quando eu os visse em carne e osso.

sábado, fevereiro 04, 2006

Bloodsugarsexmagik - Red Hot Chili Peppers - 25/07/92 - CD



Os Peppers tiveram a honra de ser o primeiríssimo CD da minha coleção.
Hoje, mais de 600 disquinhos depois, isso ainda significa muito, principalmente por que eu demorei mais de seis meses para comprar o meu primeiro player.
Este foi comprado na Derby, a emblemática "loja dos baianos".

Mas o que leva um sujeito apaixonado por música a comprar uma coisa que ele não vai conseguir ouvir?
Acho que a pergunta responde a si mesma: é a tal paixão, que não importa se for por uma coisa ou uma pessoa, tira a vítima do seu eixo e manda para o vinagre qualquer tipo de lógica ou razao.

O álbum é matador. Foi a volta por cima dos Peppers, depois de um tempo no inferno após a morte do guitarrista.
Eles já tinham ensaiado alguma coisa parecida com o álbum anterior (que eu também tenho), mas foi aqui que eles encheram os cofrinhos de verdinhas.

Pelo que me lembro, eles alugaram uma mansão - assombrada - em Hollywood, se trancaram lá e só saíram depois de ter certeza que tinham feito um álbum que iria garantir a merenda dos netos.
Nada poderia ser mais certo e nem o Brasil ficou fora dessa.

Apesar de gostar de "Give it away" e do seu riff tocado ao contrário, minhas músicas preferidas eram "Suck my kiss", "I could have lied" e "Under de bridge". Esta última, inclusive, era objeto das minhas toscas declarações de amor à minha namorada da época durante nossos encontros na casa do Zé.
Como eu já disse antes, nada mais tosco do que isso.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

Louder than bombs - The Smiths - 25/07/91 - Vinil



O nome da loja era Stardust, mas sinceramente não me lembro onde ela ficava.
Tentei muito me lembrar, mas não deu. Peço desculpas a quem gosta (ou gostava) da loja, mas meus neurônios sobreviventes estão preocupados com coisas mais práticas e menos românticas como o supermercado, as contas mensais e a troca do carro.

Também não consigo me lembrar por que comprei este disco.
É certo que ele completaria a minha coleção, mas as músicas já eram conhecidas e a banda estava morta e enterrada há anos.
Pensando bem, só pode ter sido para completar a coleção.
Os Silvas seguem sendo a minha banda preferida e dias destes eu revivi as sensações da época ao assistir ao "Who put the 'M' in Manchester?" do Morrissey.
Deu para sentir saudade e para querer estar em 87 novamente.
Só não deu para querer ser argentino e estar no show que os Smiths fizeram em Buenos Aires nos anos 80.
Nenhuma paixão me faria ousar tanto.


 
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