Minha vida em vinil

sexta-feira, dezembro 17, 2004

Psychocandy - The Jesus and Mary Chain - 05/02/88 - Vinil


Psychocandy Posted by Hello

O programa Novas Tendências rolava aos domingos à tarde na 89FM.
O José Roberto Mahr era comissário de bordo e aproveitava a rotina do eixo São Paulo-Londres para se encher de lançamentos pop/rock na Tower e na HMV e apresentá-los semi-virgens aos ouvidos paulistas.
Admito que nunca fui de ouvi-lo com fidelidade, mas não era comum perder os lançamentos dos singles dos irmãos Reid.
Naquela época os Smiths eram "carne de vaca" demais para tocar no programa, mas o Jesus and Mary Chain era perfeito para a ocasião.

Na primeira vez que ouvi "Just like honey" achei que havia alguma coisa errada com a sintonia do rádio. Não estava acostumado com aquela barulheira e nem com aquele tipo de melodia.
E a voz, então? Como um cara podia ficar tão calmo com aquilo tudo "atrás" dele.
Foi por conta dessa música que me perdi novamente no Centro e descobri a Bruno Blois.
A loja não tinha nada demais e era até atípica para ter a sua porta diretamente na rua. Acho que ela ficava na Barão de Itapetininga, meio atrás da galeria onde "morava" a Bossa Nova.
Hoje o espaço é ocupado por uma loja de roupas populares, mas isso não vem ao caso.
O "Psychocandy" foi apenas o primeiro álbum que comprei lá. Isso foi alguns anos antes de frequentar os shoppings e "séculos" antes das lojas virtuais.
Naqueles jovens anos, pegar o metrô para comprar discos era um programaço.

Uma coisa divertida no disco era a ausência das letras das músicas.
O encarte tinhas apenas frases meio soltas que te obrigavam a montar trechos quando se queria cantar junto com o Jim.
Nunca consegui acompanhar outra além de "Just like honey" e hoje isso já não interessa mais. A segunda banda na minha preferência também não existe mais e os dois escoceses bêbados devem estar brigando em algum pub daquela terra cinzenta e mágica.
Nessa época até senti vontade de ter um irmão para saber como era brigar com ele o tempo todo. Bater nas minhas irmãs não tinha a mesma graça.

sábado, dezembro 11, 2004

Que país é esse? - Legião Urbana - 04/02/88 - Vinil


Posted by Hello

Era a minha primeira vez no Teatro Záccaro.
Era a gravação do programa Perdidos na Noite em uma época onde o Faustão ainda era o Fausto Silva e o dinheiro só rolava para os donos da Rede Bandeirantes.
O Renato Russo apareceu primeiro, sozinho e cheio de disposição para dar autógrafos. Eu nem era tão fã assim, mas me pareceu o máximo vê-lo descer do palco e encarar pacientemente todos os pedidos de autógrafos. O número de pessoas ao redor dele ia aumentando rapidamente e a coisa começou a esquentar.
Quando as meninas começaram a avançar e a apertá-lo contra o palco, a equipe da banda o puxou para cima e ele sumiu.
Quase testemunhei o strip tease forçado do Renato Russo na mão de um monte de meninas chorosas.

Antes do show, um outro strip tease, igualmente sem graça, cortesia de uma menina maravilhosa mas desacostumada a encarar tanta gente. Ele tremia tanto que não conseguíamos nos concentrar nas curvas à mostra.
Logo depois eles entraram para tocar. Vieram todos ao mesmo tempo para não deixar muito espaço para que as fãs histéricas ensaiassem algo mais do que bater palmas e cantar.

Era a época da divulgação deste disco e eles não tocaram mais do que três músicas.
Me lembro muito bem de "Conexão amazônica", minha preferida do álbum.
Da forma que entraram, eles saíram. Na platéia, um monte de meninas continuou chorando por horas. Eu, ao contrário, saí satisfeito mesmo achando que eles não eram tão bons assim.
Acho que nunca fui muito fã da Legião.

quarta-feira, dezembro 01, 2004

Sexo! - Ultraje a rigor - 20/01/88 - Vinil


 Posted by Hello

Então vejamos: em 88 eu ganhei este segundo álbum do Ultraje sem ter tido o primeiro.
O máximo que consegui foi uma fita BASF de 60 minutos com as músicas do disco que já naquela época era antológico. Acho que todo mundo no colégio ganhou aquele disco em alguma data comemorativa, mas infelizmente isso não cabia no orçamento familiar daquela época. Ainda bem que eu cresci feliz ouvindo a minha fita até cansar.

Este segundo disco não era tão marcante quanto o primeiro, mas acabou deixando também seu registro: se não me engano, foi o último com Leospa e Maurício na banda. Depois disso, o Roger mandou embora e contratou um monte de gente e o Ultraje caiu em uma espécie de auto-paródia.
Eu só voltei a me interessar de verdade pela banda ao ver o Roger tentando jogar bola nos MTV Rock Gol da vida. A música já não me chamava mais a atenção.

Falando da parte musical, acho que a música que eu mais gostava era "A festa", com um estilo retrô e um cheirinho dos bailes que eu frequentava na adolescência e onde não dançava com nenhuma menina de tão nerd que eu era.
"Prisioneiro" também era legal, "Sexo!" era divertida e "Pelado" tocou em novela da Globo.
Como eu disse antes, ficou uma saudade do álbum anterior. Acho que um dia ainda vou comprá-lo.


 
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